terça-feira, 27 de abril de 2010


"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos." - Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Através do Espelho


Lágrimas escuras e sinceras se esvaem,
Com um simples gesto de conformidade.

Onde o eu se recusa e se retrai;

Ainda sonhando com a utopia da liberdade.


Pensamentos, gestos e falas à mercê da calamidade;

Pedem socorro para se expressarem.

De alguma forma, desprezam a ansiedade;
Esperam pelo momento oportuno de se escoarem.


Repugnância, talvez um choque, pode causarem

Mas não importa, o que ressalta é a sagacidade;

E minhas atitudes vagas, que por aí vaguem!


Não vou deixar escapar, mais uma vez, a fugacidade.
Vou viver sem ambigüidade, em plena coragem;

Expondo meus pensamentos com voracidade.




Nathálya de Andrade

quarta-feira, 14 de abril de 2010


É como se eu vivesse em um mundo só meu, em que meus pensamentos ninguém pudesse entender. Não, eu não quero nada que me oferecem. Busco sempre o que me falta, na hora exata. Detesto pensamentos impostos, atitudes inertes, palavras fúteis. Tenho sede do que não existe. Sempre quero saber mais de tudo. Isso é pecado?


Nathálya de Andrade

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Agosto


Quando será que eu vou encontrar
Paz pro meu coração
Se eu não enlouquecer de amor, eu vou ver minha vida acabar

E pensar em você é alívio
Arrasa solidão
E logo torna-se um precipício, pesadelo que vaga pelo ar

As coisas que eu penso e que ninguém quer entender
As coisas que eu faço e que ninguém deseja ver
É por essas e por outras que eu preciso de você
Só você sabe como e porque

Queria chegar e te abraçar
E pelo coração te amarrar
Em vez de te ligar, eu iria te beijar e todos os meus sonhos iriam acordar.

Agosto- Wilson Simoninha

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Se eu tivesse você ...




Pensamento escusado outrora recusado;
Hoje aceito e aproveitado.
Liberdade manifesta em palavras,
Que outras pessoas insistem em escutá-las.

Quebro-me em cacos inarticulados
O som de quando caio soa inanimado
Faço-me inércia à beira das janelas
Sonhando com a luz das madrugadas

Olhando o paraíso se desfazer com meus conceitos
Tendo a esperança de perder a incumbência (de te amar)
Sentindo tua presença na tua ausência

Quem dera ter-te em meu afagos...
Dar-te-ia o inteiro dos pedaços,
Com a doçura de um beijo acalentado.

Nathálya de Andrade