quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
TE ...
"Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente nada: (...)
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais."
- Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Deus nos criou ou nós O criamos?
Afirmando não ter sido Deus (abstrato) a criar o homem, mas o homem a criar Deus. Com isto, na noção de Deus concretizam-se e projetam-se idéias de perfeição tipicamente humanas: Deus é onisciência, porque conhecer e saber são valores imensamente apreciados pelo gênero humano; é amor, porque todos nós amamos e gostaríamos de amar ainda mais; é justiça, por ser a virtude de que mais sentimos falta. Todas as qualidades dos ser divino são qualificações do ser humano. A religião é o conjunto de relações do homem consigo mesmo, ou, melhor, com o próprio ser, considerado como um outro ser. Resumindo: toda religião é uma antropologia invertida.
( Baseado em ideias do Ludwig Feuerbach )
Tudo aquilo que Deus não é
Será que devemos nos referir a Deus pelo o que ele NÃO É ?! Caem, assim, todos os atributos que a devoção popular atribui à divindade: Deus não pode ser luz, senão acrescentando também que é escuridão; não pode ser definido como amor, porque a sua distância do ser humano o impede do conhecer o mundo. Deus, o Uno, o inefável, isto é, absolutamente transcendente e incomensurável, estranho a qualquer critério humano. A teologia daí resultante deve ser negativa: Deus é escuridão e silêncio, indescritível com qualquer adjetivo humano, até mesmo com aqueles positivos, como, por exemplo, amor ou justiça.
( Baseado nas ideias do teólogo medieval Pseudo-Dionísio )
Se Deus é bom, quem criou o mal ?
O tema da criação é central na teologia ( literalmente, “ciência das coisas de Deus”) porque está diretamente ligado à questão do mal do mundo. Efetivamente, se Deus realizou a criação em base de um ato consciente e voluntário, ele pode ser considerado responsável pela imperfeição do mundo. Ou seja; o mal em si mesmo, não existe, é ausência, limitação do bem. O mal é puro não-ser, assim como a escuridão não tem uma realidade substancial, mas existe somente por via negativa, como ausência de luz.
( Baseado em alguns textos de Santo Agostinho )
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Xanéu Nº5
A minha tv não se conteve
Atrevida passou a ter vida
Olhando pra mim.
Assistindo a todos os meus segredos,
minhas parcerias, dúvidas, medos,
Minha tv não obedece.
Não quer mais passar novela, sonha um dia em ser janela e não quer mais ficar no ar. Não quer papo com a antena nem saber se vale a pena ver de novo tudo que já vi.
Vi.
A minha TV não se esquece nem do preço nem da prece que faço pra mesma funcionar. Me disse que se rende a internet em suma não se submete a nada pra me informar.
Não quis mais saber de festa não pensou em ser honesta funcionando quando precisei. A notícia que esperava consegui na madrugada num site, flick, blog, fotolog que acessei.
A minha TV tá louca, me mandou calar a boca e não tirar a bunda do sofá. Mas eu sou facinho de marré-de-sí, se a maré subir eu vou me levantar. Não quero saber se é a cabo nem se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi,
triste o fim do seriado, um bocado magoado sem saber o que será de mim.
Ela não SAP quem eu sou,
Ela não fala a minha língua.
(She doesn't speak my tongue)
Não.
"Pô tô cansado de toda essa merda que eles mostram na televisão todo dia mano, não aguento mais, é foda!"
Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.
Falou e disse...
- Fernando Anitelli
Antes de mais nada, o pentagrama é um símbolo religioso pagão. Hoje em dia o termo pagão se tornou quase sinônimo de adoração ao demônio - um erro grosseiro. As raízes dessa palavra remontam ao latim pagnus, que significa, "habitante do campo". Os "pagãos" eram literalmente pessoas do meio rural que não haviam recebido ensinamentos cristãos e que se apegavam às velhas religiões da natureza. De fato, tão grande era o medo que os cristãos sentiam daqueles que viviam nos vilarejos rurais, que a palavra antes inócua para indicar "morador da vila" - vilão- passou a significar "malfeitor".
O pentagrama é um símbolo pré-cristão relacionado com a adoração à Natureza. Os antigos viam seu mundo dividido em duas metades: a masculina e a feminina. Seus deuses e deusas agiam no sentido de manter um equilíbrio de poderes. Yin e yang. Quando masculino e feminino estavam equilibrados, havia harmonia no mundo. Quando se desequilibravam, estabelecia-se o caos. Esse pentagrama representa o lado feminino de todas as coisas - um conceito religioso que os historiadores chamam de "o sagrado feminino" ou " a divina deusa". Em sua interpretaçãp mais específica, o pentagrama simboliza Vênus - a deusa do amor sexual e da beleza. Cada religião se baseava na ordem natural divina. A deusa Vênus e o planeta Vênus era uma só coisa. A deusa tinha um lugar no céu noturno e era conhecida por muitos nomes: Vênus, Estrela Oriental, Ishtar, Astarte - todos poderosos conceitos femininos vinculados à Natureza e à Mãe Terra. A origem gráfica do Pentagrama com Vênus é espantosa... O planeta Vênus, descreve um pentagrama perfeito através do plano eclíptico do céu a cada oito anos. Tão assombrados ficaram os astrônomos ao observarem esse fenômeno, que Vênus e seu pentagrama passaram a ser considerados símbolos da perfeição, da beleza e das qualidades cíclicas do amor sexual. Como tributo à magia de Vênus, os gregos empregaram seu ciclo de oito anos para organizar seus Jogos Olímpicos. Hoje em dia, poucas pessoas percebem que o intervalo de quatro anos entre as Olímpiadas modernas ainda corresponde à metade do clico de Vênus. Ainda menos pessoas sabem que a estrela de cinco pontas quase havia se tornado o símbolo oficial das Olímpiadas, mas foi modificado na última hora - suas cinco pontas substituídas por cinco anéis que se interceptavam, para melhor refletir o espírito de inclusão e harmonia dos jogos. A interpretação demoníaca é históricamente inadequadal. O significado feminino original é correto, mas o simbolismo do pentagrama foi distorcido com o passar dos milênios. Nesse caso, por derramamento de sangue. Os símbolos são muito flexíveis, mas o pentagrama foi alterado pela Igreja Católica Romana primitiva. Como parte da campanha do Vaticano para irradicar as religiões pagãs e converter as massas ao cristianismo, a Igreja lançou uma campanha de desmoralização dos deuses e deusas pagãos, defininfo seus símbolos divinos como símbolos do mal. Isso é muito comum em épocas de conturbações... Um poder emergente se apodera dos símbolos existentes e os degrada com o passar do tempo para tentar eliminar-lhes o significado. Na batalha entre os símbolos pagãos e os símbolos cristãos, os pagãos foram derrotados; o tridente de Possêidon se tornou o tridente do demônio, o chapéu pontudo do mago se tranformou no símbolo das bruxas e o pentagrama de Vênus se tornou símbolo demoníaco. Infelizmente, o poderio militar norte-americano também perverteu o pentagrama - agora é nosso símbolo de guerra mais proeminente. Nós o pintamos em nossos caçase o penduramos nos ombros de todos os nossos generais. - E um abraço para a deusa do amor e da beleza...
"Essa nossa sintonia tem cheiro de telepatia. Será isto magia? Não sei! Mas arrepia."
Vinícius de Moraes