sábado, 12 de setembro de 2009

3 portas, 3 janelas, 3 abismos *O*


Não existe o não –ser

Na verdade, o não-ser não é; porque, supondo que o não-ser seja, ele ao mesmo tempo será e não-será; pois, enquanto é concebido como não-ser, não será, mas como existe como não inexistente por sua vez existirá; ora, é absolutamente absurdo que uma coisa ao mesmo tempo seja e não-seja; portanto, o não-ser não é. E de resto, admitindo que o não-ser seja, o ser não existirá mais, posto que se trata de coisas contrárias entre si; dessa forma, se do não-ser se afirma o ser, do ser se afirmará o não-ser. E como o ser de modo algum pode não ser, assim tampouco existirá o não-ser.

Não existe o ser

Tampouco existe o ser. Porque, se o ser existe, é eterno ou criado, ou ao mesmo tempo eterno e criado; mas ele não é nem eterno e nem criado, nem um e outro ao mesmo tempo, como demonstraremos – portanto, o ser não existe. Porque, se o ser é eterno, não tem nenhum princípio...

Nada existe

Admitindo-se que algo exista, existe somente o que é ou o que não é, ou então existe tanto o que pe quanto o que não é. Porém, nem o que é existe, como demonstrará, nem o que não é, como nos confirmará, nem, por fim, como também nos explicará, o ser e o não-ser juntos. Portanto, nada existe.

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