segunda-feira, 19 de julho de 2010


"Então, minha querida Amélie, não tem ossos de vidro. Pode suportar os baques da vida. Se deixar passar essa chance, então, com o tempo seu coração ficará tão seco e quebradiço quanto meu esqueleto. Então, vá em frente, pelo amor de Deus".

(O fabuloso destino de Amelie Poulain)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Verdades Inanimadas



Desvio-me nas madrugadas caladas,
Acabo por te encontrar, emocionalmente, despido
Falando do mar, do céu e das estrelas
Desconverso reacendendo o nosso amor mal resolvido.

Reinvindicando o eu te amo, não dito.
Presa eternamente àquelas palavras,
Aos instantes eternos de desejo e perigo
Mas para ti, tudo isso são feridas abertas.

Lamento, cada dia, de carinho desprovido,
As badaladas de atenção não soadas
E a total falta de esmero para contigo.

Restam-me estas verdades inanimadas,
Um romance forte incontido
E a certeza de ter-te novamente comigo.

Nathálya de Andrade

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deixa o mundo e o Sol entrar



De repente, vejo bem
Eu sou alguém com medo de viver
Sou prisioneiro das coisas que eu amei
Mas não tem sentido estar na vida
Preso a quem não quero mais

Do outro lado está você
Nossas promessas voam quase sem ver
Que esse amor aflito
Guardado só pra nós
De tão grande já não dá no quarto
Pede o mundo e a luz do sol

Meu passado já morreu
Quem veio dele, sei, vai me entender
Que o amor existe enquanto há paixão
Siga, minha amiga, pela vida
E que eu viva um novo amor

Do outro lado estamos nós
Sem compromissos vis
Sem lar, sem lei
Siga, minha amante, enquanto houver amor

Abra as portas, todas deste quarto Deixa o mundo e o sol entrar

Elis Regina

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Soneto de Perdição


Perco-me em minhas loucuras
ora estáticas, ora descontroladas.
Abraço as gotas deste meu tormento,
Que se equilibram numa folha de mágoas.

Essas águas inúteis e remotas,
Outrora serviam de abrigo, refúgio e avivameto
Desde então, afogo-me nestas mesmas águas, agora, repudiosas
Que são teus acalentos vis e esdrúxulos sentimentos.

E em meu peito, restam estas marcar vermelhas
De dor evidente e tristezas amargas,
Mas ainda te quero, tu és meu encantamento.

O naufrágio anula minhas insônias,
Sou só areia, nuvens e espumas
Pronta para amar e anular este descontentamento.

-Nathálya de Andrade

Egocentricamente Falando...


Que culpa eu tenho de ser tudo o que preciso? Não posso nada fazer se, em mim, encontro as respostas pra todas as perguntas. Se é comigo que, eu sei, vou ser feliz pra sempre. É, podem pensar o que quiserem, tô nem aí e quer saber? Eu me amo! Sou completamente apaixonada por mim. Eu sou o amor da minha vida. Realmente, eu não sei viver sem mim. Sou, perfeitamente feliz comigo. Faço minhas palhaçadas e me divirto. Faço aquelas dancinhas, sabe? Enfrente ao espelho, pra mim, só pra mim e pode ter certeza, eu amo. Foi aqui dentro, bem dentrinho de mim que encontrei os meus lares. Foi em mim que eu percebi, que eu jamais me decepcionaria, eu não me daria ao luxo de sofrer, mas se fosse por mim... eu até sofreria. Me sinto tão útil comigo. É aquela sensação de prisão e liberdade, entende? Aquela prisão que eu faço questão de estar presa e uma liberdade, fácil. Sigo me perdendo e me encontrando, e agora que eu me encontrei, não vou me largar nunca mais.

-Nathálya de Andrade

quarta-feira, 7 de julho de 2010


"Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo. Dormiam juntos, no sonho, porque era bom para um e para outro estarem assim juntos, naquele outro espaço. Não vinha nada de fora, nem ninguém. Deitada nua no ombro também nu dele, não havia fatos. Dormiam juntos, apenas. Isso era limpo e nítido".


- Caio Fernando

Transeunte


Resta-me, agora, não ser simplória
E esconder-te o trâmite do meu coração.

Não me importar com sua dor caótica,
E rir da tua surpérflua saturação.

Deixei de lado, meu espírito brioso;
Por você, meus escudos caíram ao chão.
O amor me transfixou de maneira catastrófica.


Pensei que em ti, econtraria custódia;

Porém tudo, foi mera ilusão.



Nathálya de Andrade

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que tiver que ser


É tão dificil entender
Que eu já não vejo em você
Aquele alguém que eu conheci
E me apaixonei
Já não consigo suportar
Você querendo me tocar
O meu desejo, a sua voz
O que aconteceu?

Fechar os olhos e sentir
Que eu vivo bem com a solidão
Dessa vez não posso mais mentir
Pra te proteger, tente entender

E se eu não quero mais você
Espero o dia amanhecer
E o que tiver que ser será
E quando o sol aparecer
Seu coração vai te dizer
Que o que tiver que ser será
Até um sonho tem seu fim
Eu tambem vou cuidar de mim
E o que tiver de ser será

Se um dia eu quis, por que será
Que nem suporto mais te olhar?
Já não consigo mais te ver
No que acreditei
Por que não tenta esquecer
E deixa o tempo resolver
Esse vazio que te faz
Viver do que passou

Fechar os olhos e sentir
Que eu vivo bem com a solidão
Dessa vez não posso mais mentir
Pra te proteger, tente entender

E se eu não quero mais você
Espero o dia amanhecer
E o que tiver que ser será
E quando o sol aparecer
Seu coração vai te dizer
Que o que tiver que ser será
Até um sonho tem seu fim
Eu tambem vou cuidar de mim
E o que tiver de ser será

-Marjorie Estiano


Pintor: "Ela prefere imaginar uma relação com alguém ausente do que criar laços com aqueles que estão presentes." Amelie: "Hummm, pelo contrário. Talvez faça de tudo para arrumar a vida dos outros." Pintor: "E ela? E as suas desordens? Quem vai pôr em ordem?"


-O fabuloso destino de Amelie Poulain

Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo.

Michel Foucualt

A sabedoria é a cousa principal: adquire pois a sabedoria; sim, com tudo oque possuis adquire conhecimento.

Provérbios 4:7

sábado, 3 de julho de 2010


Eu nunca fui uma moça bem-comportada. Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida,pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços. Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.Não estou aqui pra que gostem de mim.Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.E pra seduzir somente o que me acrescenta. Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra. A palavra é meu inferno e minha paz. Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos,com mais ou menos ou qualquer coisa.Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar... Eu acredito é em suspiros,mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis,em alegrias explosivas, em olhares faiscantes,em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma,no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.

- Marla de Queiroz