quarta-feira, 8 de abril de 2009
Silenciamento da desrazão
Foucault se perguntou como foi que se definiu a moderna decisão que apartou a razão de seu outro, contando-nos uma história na qual o saber psiquiátrico era compreendido como a etapa derradeira de um longo processo de silenciamento da desrazão, cujos primeiros sintomas já se deixariam evidenciar em acontecimentos do século 17 como a instituição do Hospital Geral, o grande internamento e a metafísica de Descartes. Segundo Foucault, Descartes teria excluído a loucura do processo da dúvida metódica que leva à descoberta do cogito, explicitando assim a decisão fundamental da modernidade em opor a ordem da razão à desordem da desrazão: se duvido, penso, e se penso não posso ser louco.
Em As palavras e as coisas, Foucault formulou o polêmico conceito de épistémè. Aludia-se com ele a uma ordem ou princípio de ordenação dos saberes anterior a qualquer enunciado visando o conhecimento, de modo que a épistémè epistémé seria a instância arqueológica profunda que tornaria qualquer enunciado possível: tratava-se de nomear o solo fundamental que conferiria legitimidade e positividade ao saber de cada época. Em outras palavras, Foucault não se propunha a fazer uma história das ciências ou uma história das ideias, mas procurava descrever a configuração e as transformações históricas das diferentes épistémès, as quais marcariam diferentes possibilidades de pensamento e conhecimento, sem qualquer linearidade progressiva na passagem de uma épistémè a outra. Subjacente a toda cultura e, portanto, a toda forma de conhecimento, Foucault detectava a existência de uma ordem, de um espaço de identidades, de similitudes e de analogias por meio das quais classificamos e distribuímos os objetos do conhecimento. A obra era polêmica e despertou grande interesse e muitas críticas, pois Foucault foi acusado de hipostasiar a história e a práxis humana por detrás da ação silenciosa de estruturas anônimas.
Atualmente somos mais vigiados ou punidos ?
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somo estuprados ideológicamente. ninguém pensa mais nesta merda SOCIAL!
ResponderExcluirpunidos. e culpados pelas punições, pois estamos passivos diante do processo q nos aliena gradativamente.
ResponderExcluirrebanho de inúteis, ainda falam em cultura contemporânea. ninguém diz nada com nada!
ResponderExcluirsabia q MAHARA era discípula d Foucault. hehe
ResponderExcluirdá p sakar nos posts a idéia!
mais uma postagem relevante. parabéns!
ResponderExcluirPUNIDOS.
ResponderExcluiro sistema estáh é nos castrando em todos os âmbitos.
ResponderExcluirPARABÉNS MAHARA: VIGIANDO OS PENSAMENTOS E PUNINDO A IMBECILIDADE.
ResponderExcluirsomos vigiados, totalmente vigiados e quando menos se espera vem a punição, o que causa isso? o próprio sistema burro q construímos. valeu menina prodígio.
ResponderExcluircorreção voc~e não é discípula de Foucault. descobrí que seu mestre é um nietzscheano 'safado'...kkkk- vcs são phoda!
ResponderExcluirÉ possível saber. Descobrir talvez! se não formos punidos por isso tbm. Belo kestionamento, foucault "ácido" e atual.
ResponderExcluirVigiados bem de perto e na base da ESPADA.
ResponderExcluirPunidos em tudo e por tudo.
ResponderExcluirvigiados e punidos: realidade deprimente..
ResponderExcluirblog do kct. uya! Leio Foucault e axo massa a homenagem e lembrança. Estamos sendo desintegrados aos poucos, na base de lentas doses envenenadas por ideologias baratas..
ResponderExcluirninguém tá nem aí pra isso, creio q estamos num processo de anestesia cognitiva.
ResponderExcluirPOLêmico.
ResponderExcluiressa boyzinha manja hein. :)
ResponderExcluirDestroçados mentalmente
ResponderExcluirsóh mentalmente cara pálida?
ResponderExcluirclaro q não. quis dar ênfase ao fenômeno mental a que estamos sendo submetidos.
ResponderExcluirEntendo.
ResponderExcluirO sistema nos leva a crer que esse tipo de pensamento tal qual o de Foucault é uma ilusão.
ResponderExcluirO fato é que a ilusão é o próprio sistema que nos encanta com seu canto de sereia e nos destrói com suas ferroadas de escorpião.
ResponderExcluirpunições...punições..sempre elas
ResponderExcluirq disgraça ficar acorrentado..um rindo do outro.kkkk
ResponderExcluirDá p lutar. De uma forma ou de outra, então podemos punir os agentes da punição!
ResponderExcluirGrande desafio esse. Um tanto utópico diria eu..
ResponderExcluirkestão difícil
ResponderExcluirCreio que difícil é parar de pensar, a problemática é a canalização desse pensamento.
ResponderExcluirestamos sendo programados, fato.
ResponderExcluirMarxistas..hehe. interessante.
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