quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tudo ou Nada


"Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte."

Fernanda Mello

Um comentário:

  1. viajo nesse pensamento de "viver de picos" , intensamente cada momento, tenho algumas coisas escritas(não publicadas em blog) e me faz até lembrar de um texto de clarisse lispector que inclusive você já publicou no blog:
    "gosto dos venenos mais intensos..."
    geralmente quem tem a sensibilidade de contemplar a poesia tende a isso, se doar completamente a algo que você considera (ao menos que por um momento)...único'.

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