sexta-feira, 9 de julho de 2010

Soneto de Perdição


Perco-me em minhas loucuras
ora estáticas, ora descontroladas.
Abraço as gotas deste meu tormento,
Que se equilibram numa folha de mágoas.

Essas águas inúteis e remotas,
Outrora serviam de abrigo, refúgio e avivameto
Desde então, afogo-me nestas mesmas águas, agora, repudiosas
Que são teus acalentos vis e esdrúxulos sentimentos.

E em meu peito, restam estas marcar vermelhas
De dor evidente e tristezas amargas,
Mas ainda te quero, tu és meu encantamento.

O naufrágio anula minhas insônias,
Sou só areia, nuvens e espumas
Pronta para amar e anular este descontentamento.

-Nathálya de Andrade

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